"eu retribuo a dádiva do amor,
ainda que eu não saiba como expressa-la."

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Até tu, Brutus? Lamento e morte de Júlio César


A famosa expressão teria sido pronunciada pelo líder romano Júlio César diante da traição de seu pupilo, Marco Bruto. A expressão é costumeiramente empregada para censurar um amigo desleal, traiçoeiro.  Pintura La Morte di Cesare, 1805, de Vincenzo Camuccini.Obra constante na Galeria Nacional de Arte Moderna, em Roma.



Em 44 a.c., o poder que o general e perpétuo ditador Júlio César, conquistador da Gália e regente de parte considerável do mundo conhecido, parecia não mais ter fim. César chegou onde nenhum outro romano havia chegado. Com tamanho poder, aristocratas invejosos conspiraram contra sua vida.

César teve seu poder e vida traiçoeiramente roubados em 15 de março de 44 a.c, quando assassinado no teatro de Pompeia, em Roma. Seus conspiradores foram liderados por Caio Cássio Longino e Marco Bruto — este era um amigo intimo de César, quase um filho adotivo.

Os conspiradores (cerca de sessenta) acordaram que todos deveriam desferir um golpe em Júlio César, para que a culpa pelo assassinato fosse compartilhada por todos. Quando César entrou no teatro onde o Senado se reunia, em plena luz do dia, viu-se como alvo dos traiçoeiros pugios (adagas, punhais), que o perfuraram de todos os lados.

Segundo Plutarco, César lutou contra seus agressores até que viu Marco Bruto, armado com um punhal, vindo em sua direção. Chocado com essa traição, César caiu no chão cobrindo a cabeça com a túnica — Bruto desferiu o golpe no seu “pai adotivo”.

Alguns historiadores discordam quanto às últimas palavras de César. Alguns sustentam que ele não teria tido tempo algum para pronunciá-las, que a sua morte teria sido romantizada em peças teatrais dos séculos XVIII e XIX. Contudo, a narrativa que se tornou história é a de que César teria dito et tu, Brute? (Até tu, Brutus?) antes de morrer.



Fonte: Museu de Imagens

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