"Onde quer que a morte possa nos surpreender,
que seja bem-vinda,
desde que este nosso grito de guerra tenha chegado a algum ouvido receptivo
e outra mão possa ser estendida para manejar nossas armas."
Emiliano Zapata Salazar (1879 — 1919) foi um importante líder na chamada Revolução Mexicana contra a ditadura de Porfirio Díaz, sendo considerado um dos heróis nacionais mexicanos.
Os castrati italianos foram famosos cantores de ópera que conseguiam alcançar tons de voz normalmente femininos, como o soprano, o meio-soprano e o contralto.
E como esses homens conseguiam isso? Quando ainda eram meninos, os que tinham grande talento identificado eram castrados com o objetivo de evitar que a sua voz mudasse com a chegada da puberdade.
Na Itália do século XVI os castrati realmente ganharam destaque — tudo depois de o Papa Sisto V banir as mulheres de cantarem em público. A proibição da Igreja Católica se tornou um grande problema para o mundo da ópera, já que as vozes femininas eram indispensáveis durante a execução das grandes obras. Em seu lugar, os compositores passaram a empregar meninos. Entretanto, uma vez que eles atingiam a puberdade, suas vozes começavam a mudar e, portanto, seus “talentos” se perdiam. Foi então que as castrações tiveram início, para frear esse processo natural e capturar as delicadas vozes para sempre.
No ápice da fama dos castrati, cerca de 5 mil meninos eram castrados todos os anos. Infelizmente, nem todos se transformavam em celebridades adoradas pela sociedade europeia, e a maioria acabava sendo descartada como cantores medíocres — e condenada a ter papéis secundários nas óperas ou fazer parte de simples corais de igreja.
Alessandro Moreschi, o último castrato oficial se aposentou de suas atividades na Capela Sistina em 1913. Entretanto, muitos historiadores suspeitam que outro cantor, o italiano Domenico Mancini, que fez parte do coral papal até 1959, também era secretamente um eunuco.
Sempre que penso em filhos e paternidade/maternidade, automaticamente lembro de um trecho do “POEMA ENJOADINHO” de Vinícius de Morais;
“Filhos... Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos, como sabê-los?”.
Quem me conhece de verdade, sabe o quanto eu sempre resisti a ideia da paternidade. A possibilidade de um dia me tornar pai. Sabe também que sempre que me perguntavam “QUANDO EU SERIA PAI?”, minha resposta era sempre a mesma; “SÓ TEREI UM FILHO, QUANDO EU NÃO MAIS PUDER FAZER UM FILHO!”.
Hoje a minha filha completa o seu primeiro mês de vida, e a cada dia que passa, me apaixono cada vez mais por essa criaturinha brava, chata, e chorona! Não consigo mais imaginar um futuro sem inclui-la nos meus planos. Da hora que deito pra dormir, ao momento em que acordo, sempre a tenho em meus pensamentos. Minha vida hoje divide-se no antes, e depois de Iza, pois tudo o que eu imaginava ser e saber, já não é mais uma certeza! O aprendizado é continuo, diário, constante, e nem um pouco fácil. Porém, é extremamente gratificante!
Perry Anderson, historiador e ensaísta político britânico, define o que é política e discute o que é ser politizado, uma condição que depende das condições sociais históricas. Conferencista do Fronteiras do Pensamento 2013.
Eu não me surpreendo com a posição política de ninguém. Nem do meu médico, nem do meu artista preferido, muito menos de algum familiar próximo. Estar do lado certo da política não é uma questão de sentimento. Até Einstein: pode ser um gênio da ciência, mas se não estiver inteirado com as questões políticas, pode falar uma besteira atrás da outra. Isso nada depõe contra a genialidade do artista ou do cientista. Politização é uma outra coisa e nem todos são politizados.
2 Ato de conscientizar alguém ou um grupo de pessoas da importância de seus deveres e direitos, a fim de que tenha pensamentos e ações politicamente adequados.
Em tempos sombrios como esses em que vivemos, podemos nos dar ao luxo de não nos politizarmos?